Existe uma tribo africana que
possui um lindo costume. Quando alguém faz algo prejudicial e errado, eles
levam a pessoa para o centro da aldeia, e toda a tribo vem e o rodeia. Durante dois dias, eles vão dizer ao homem
todas as coisas boas… que ele já fez. A tribo acredita que cada ser humano
vem ao mundo como um ser bom, cada um de nós desejando segurança, amor, paz,
felicidade. Mas às vezes, na busca dessas coisas, as pessoas cometem erros. A
comunidade enxerga aqueles erros como um grito de socorro. Eles se unem então
para erguê-lo, para reconectá-lo com sua verdadeira natureza, para lembrá-lo
quem ele realmente é...
Até que ele se lembre totalmente da verdade da qual
ele tinha se desconectado temporariamente: “Eu sou bom”
Sawabona
Shikoba!
Então durante
dois dias cada integrante da tribo vai até a pessoa achada em erro e olhando em
seus olhos, declara: SAWABONA! (Que significa dizer: “Eu te respeito, eu te
valorizo, você é importante para mim)
Em resposta a pessoa diz:
SHIKOBA ( que significa: “Então, eu existo para você”)
Em Provérbios 2 aprendemos importantes sentenças a
respeito da valorização. Está escrito em todo o capitulo que a sabedoria é
resultado da valorização dos princípios do Senhor, pois valorizar os princípios do Senhor é valorizar o próprio Deus.
Aquele que valoriza a Deus não terá dificuldades em atribuir e reconhecer o
valor do seu próximo.
Em João 8:1-11, aprendemos um pouco mais sobre
valorização olhando para a ação de Jesus diante da justiça hipócrita dos
homens. A mulher do texto em questão deveria ser apedrejada, mas ao invés de
desvalorizar aquela mulher por seu erro, Jesus
viu nela alguém de coração bom, alguém que apenas precisava de uma chance para
arrepender-se e recomeçar.
Existem pessoas em nosso meio que chegam ao ponto de
se alegrar ao ver um irmão ou irmã caindo no erro, envolvendo-se em situações
de pecado. Em momentos como esses alguns
passam a ser “videntes” dizendo: “Eu sabia, fulano nunca me enganou...”, comentam
ávidos por multiplicar as consequências geradas no erro do próximo, como aves
de rapina desejando carniça. Seguem
dominados por um desejo incontrolável de passar a informação, de denegrir e
expor o erro alheio... “Você soube de fulano? Soube do que ela fez mesmo se
dizendo crente?”
Quando escrevo essas palavras, não estou falando de
uns poucos ou mandando um recado para alguns que tenho em mente, absolutamente
não!
Essas pessoas a quem me refiro, sou eu, é você,
somos nós! Um vacilo em nosso relacionamento com Deus e somos tomados por esse
tipo de ação pecaminosa, pois essa é a reação natural da carne que não se
converte! Esse é o nosso desafio e ele nos empurra diligentemente para uma
comunhão a cada dia mais integra e coesa com o nosso Senhor. Sem isso não há
bondade natural em nós, precisamos de Deus! A bíblia nos alerta:
“A criação anseia com ardente expectativa pela
revelação que virá pela boca dos filhos de Deus” Rm 8:19
As pessoas estão necessitadas de palavras de vida,
da revelação do que Jesus fez e faz para lhes assegurar através do
arrependimento, o perdão que salva, que faz nascer novamente, que faz a vida
ter sentido por saber que em Cristo somos mais do que vencedores. O papel de
acusador o inimigo já assumiu e ele o faz dia a dia, ele vem a nós e acusa o
nosso Deus, de igual modo, diante de Deus ele emite acusações a nosso respeito.
Somos falhos e todos somos carentes da misericórdia do
Senhor, a medida que nos aproximamos da luz de Cristo compreendemos mais
profundamente a extrema necessidade que temos de ser mais puros, mais corretos,
mais parecidos com Cristo. A grande
marca de que Cristo está ganhando espaço em nosso modo de vida, e a
substituição do desejo de acusação pelo amor ao próximo.
“Acima de tudo, porém, tende
amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8).
Somente alguém cheio do amor de Deus é capaz de
contristar-se com o erro e ou pecado alheio e decidir multiplicar o amor do
Senhor que apaga uma multidão de pecados. Que
vivamos sem alimentar nossa natureza carnal, mas a cada dia em Cristo, robustecendo
o nosso espírito e assim tendo em nós o mesmo sentimento que houve e há em
Cristo Jesus. Em lugar algum da bíblia esta escrito que essa prática é fácil; é nesse ponto que somos desafiados a fazer do amor de Cristo em nós, um
bálsamos sobre tantos bons homens e mulheres acorrentados e escondidos nas
cavernas da vida pelo sentimento de rejeição e acusação.
Que possamos olhar para os que erram e lembrar que
Cristo tem nos perdoado todos os dias, e assim saudaremos uns aos outros
constantemente dizendo: SAWABONA!
E teremos
então a honra de ouvir como resposta: “Shikoba! Sua atitude de misericórdia para
comigo me leva a entender que eu sou amado(a), Eu existo pra você! E como isso é
importante pra que eu me mantenha de pé!”
Deus te abençoe e lhe encha de graça, amor e unção!
Pr. Saulo
Moscoso (Ministério Sobre_Osjoelhos)
www.sobreosjoelhos.com
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