SEJA MAIS RAPIDO QUE A COBRA (Ec 10:8-11)


É muito interessante perceber o poder de uma visão em atividade, é divino poder testemunhar os efeitos dessa visão gerando frutos de vida e identidade no meio de um povo que apesar de cercado por todas as ofertas da carnalidade do pecado (Sarkós), caminha triunfando com Cristo em vitorias visíveis.
A linguagem de um povo é determinada pela visão que permeia o seu coração, por sua vez essa visão é fundamentada na execução de princípios da palavra de Deus que geram o ambiente, o clima favorável para que as sementes possam germinar.
A palavra do Senhor nos oferece uma série de princípios que geram o clima para o desenrolar dessa visão em nós e através de nós. Obviamente o objetivo desses princípios é nos livrar e nos manter livres dos ataque da cobra enganosa e estratégica que é o nosso inimigo.
No livro de Eclesiastes, Capitulo 10, versos de 8 a 11, podemos absorver um ensino poderoso que nos coloca fora da ignorância espiritual e nos empurra para debaixo das asas do nosso bom Deus. Local de proteção e intimidade.

O verso 8 nos diz: “quem cava um poço cairá nele; quem derruba um muro será picado pela cobra...”
O contexto do capitulo em questão nos mostra as controvérsias do mundo, e o poder de nosso inimigo, gerado em nossos pecados que legalizam as suas ações. Assim vemos a relação do poço com a queda. Na verdade o poço fala de preparação para um tempo de seca, fala de alento em meio a dificuldades, fala de riqueza onde só há escassez, então por que a palavra esta nos dizendo que quem faz um poço vai cair nele?
Porque as coisas não podem ser feitas de qualquer maneira e em qualquer ritmo ou clima, não podem ser feitas no calor do momento, pois somos detentores de uma visão gerada em princípios. Na correria do mundo, na falta de intimidade com Deus, na multidão de desejos confusos de nossos corações, a nossa benção pode se tornar maldição, pois o que torna algo bom ou mal é a presença ou a ausência de Deus. Por isso a palavra está nos advertindo sobre o poço que seria uma benção sendo transformado em motivo de uma eminente queda.
Outro aspecto é citado ainda no verso 8 quando nos lembra que quem derruba um muro será picado pela cobra. Muro simboliza proteção, segurança, princípios... quem inverte princípios abre brechas, derruba muros e permite que a cobra venha rapidamente com seu veneno e contamine o seu coração, confunda a sua visão e torne obtuso o seu trilhar. No verso 9 vemos : “Quem arranca pedras com elas se ferirá; quem racha lenha se arrisca”. Se você construir uma torre, subir nela e depois arrancar a sua base, você certamente vai despencar lá do alto e certamente se ferirá. Assim as pedras citadas no texto nos remetem ás nossas bases, aquilo que nos solidifica, norteia, nos faz desenvolver uma convicção e não apenas achismos.
Se começarmos a abrir mão de nossas bases, se negociarmos o que somos e o que acreditamos certamente cairemos. Existem em nosso meio, muitas pessoas feridas, porque abriram mão de suas convicções, perderam as bases e aprisionadas no pecado ficam desacreditadas e envergonhadas. Ainda no verso 9 somos advertidos em relação no risco que há em “rachar a lenha”. A lenha representa para nós as ações que Deus espera de nós, representam a nossa parte, o que precisa ser feito por nós mesmo. Decisão e ação!
Deus quer operar sobre atitudes de fé, pois a fé é o inicio, é o que abre a porta para que Deus possa entrar com a parte dele. Mas antes sempre precisaremos dar um passo, sempre teremos que fazer o que precisa ser feito! O contrário é tentar ensinar Deus a fazer o trabalho dele, é rachar a lenha, e nisso existe um grande risco. Muitas pessoas são boas cortadoras de lenha, são ativas na igreja, são fiéis, mas racham a lenha porque querem fazer da sua forma ao invés de dar passos de obediência frutos de um relacionamento de submissão a Deus.
O verso 10 nos adverte dizendo que é natural que o machado esteja cego, pois sozinhos nunca vamos conseguir cortar a lenha, fazer o que precisa ser feito. Precisamos de comunhão com Deus. Somente com uma vida pautada no principio da comunhão com o Senhor o nosso machado vai sendo amolado pela palavra e assim a cada dia fazemos o que precisa ser feito e como deve ser feito com menos esforços, já que a palavra e a comunhão com Deus afiam o corte de nosso machado. Na força de nossos braços vamos nos cansar e produzir cada vez menos. A sabedoria é a saída para o sucesso. Onde encontramos sabedoria senão na presença de Deus?
O verso 11 conclui objetivamente nosso trilho de ensino e crescimento quando afirma: “Se a cobra morder antes de ser encantada pra que servirá o encantador?”
O que anula as ações e contra ataques de nosso inimigo é o viver pela palavra, debaixo de princípios. Sabe o que encanta a cobra? O viver pela palavra, pois nem mesmo o diabo pode negar a palavra e o poder do Senhor da palavra. Então sejamos rápidos na palavra, rápidos no agir diante de Deus, rápidos em nos arrepender, rápidos em perdoar, rápidos em operar nos frutos... Pois a cobra não pode andar nem correr, ela tem que rastejar, mas nós afiados na palavra do Senhor podemos correr, podemos voar com águias. Por isso daqui do útero da nação brasileira quero emitir um decreto poderoso sobre a sua vida: “Esse ano o Reino de Deus será estabelecido em sua casa, em sua família em seu ministério, esse é o ano de colher o que foi plantado!”

Vença toda a paralisia, faça o caminho de volta para os princípios da palavra, não se contente com o que já conquistou em Deus, busque-o mais e mais, corra pra Deus! Pois corremos mais que a cobra quando estamos correndo pra os braços do nosso bondoso Deus em paixão, princípios e atitudes que apontam para o Rei do REINO, JESUS CRISTO!

Deus te abençoe!

Direto de Porto Seguro, o Útero da Nação Brasileira,

Pr. Saulo Moscoso (Projeto Casa de Oração)

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